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A decisão foi tomada após a audiência pública realizada na noite desta segunda-feira (24), onde a maioria dos presentes votou contra a implantação do Calçadão Shopping da Cônego. O evento contou com a presença de comerciantes e representantes da ACIARA, além de engenheiros, arquitetos e autoridades.

“Eu estou vendo o público dividido, mas a maioria entre os 64 empresários que serão diretamente impactados e que vieram até a audiência votou contra a realização da obra. Por isso, não vamos fazer”, afirmou o prefeito Wagner. Ele ainda alertou que o projeto leva em consideração um fenômeno de degradação dos centros comerciantes que acontece em todas as grandes cidades.

“Pensamos a cidade para 10 anos e estamos vivendo uma verdadeira pulverização do comércio. Na Via Norte, veremos o que está acontecendo na Marginal Neblina e Via Lago. Faremos ainda mais duas novas avenidas, a Baixa Funda, no Setor Itaipu e Palmas, e a Via Parque, no Itapuã, e ainda teremos o shopping em breve”, destacou o prefeito.

O valor da obra é da ordem de R$ 4,8 milhões e foi captado pela Prefeitura junto ao Ministério do Turismo, por meio de emenda parlamentar destinada pelo senador Eduardo Gomes e o deputado federal Tiago Dimas. O destino do recurso será discutido para novo projeto de investimento.

A obra do Calçadão Shopping da Avenida Cônego João Lima iria revitalizar o Centro, mantendo suas características originais, começando no cruzamento com a Rua Dezenove de Novembro, onde fica a Câmara Municipal, e continuaria por três quarteirões, cruzado pelas ruas Sadoc Corrêa e Quinze de Novembro, com término no Shopping Popular, localizado no cruzamento com a Rua Santa Cruz.

Outro argumento dos comerciantes seria o fim de vagas de estacionamento na região. Para a implantação, 27 vagas de carros e 80 vagas de motos seriam suprimidas, além de dois pontos de mototáxi. De acordo com uma pesquisa realizada pela Prefeitura com uma amostra de 70 comerciários da Cônego, 44,29% das vagas em frente as lojas são ocupadas diariamente pelos próprios empresários e colaboradores.

O número é proporcional quando foi perguntando a 400 consumidores do local sobre a dificuldade de estacionamento. De acordo com a pesquisa, 55,75% acham muito difícil encontrar uma vaga e 29,50% acham difícil. O número é proporcional ao entendimento sobre o trânsito, quase 70% do grupo estima que é ruim e péssimo.

Fonte: Ascom/ Prefeitura Araguaína

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