A Associação Comercial e Industrial de Araguaína – ACIARA reuniu associados e representantes da BRK Ambiental, concessionária de água e esgoto em Araguaína e em mais 46 cidades do Tocantins, para falar sobre a taxa de esgoto de 80% cobrada dos imóveis já atendidos pela rede de coleta. O encontro aconteceu na sede da entidade, na tarde do último dia 10.
O principal questionamento dos empresários foi o não cumprimento por parte da BRK da decisão da Assembleia Legislativa do Tocantins, que aprovou, em julho deste ano, um projeto de lei que fixa para a taxa de esgoto um valor máximo de 50% da tarifa de água.
Ilana Noronha, responsável operacional da concessionária, explicou que a empresa recorreu da aprovação da lei na Justiça e aguarda a decisão. Enquanto isso, o percentual praticado é o de 80%.
“Recebemos inúmeras reclamações por parte dos comerciantes, principalmente do ramo hoteleiro, e optamos por chamar a BRK para uma conversa, a fim de que fosse explicado o porquê desta situação. Acreditamos que esse é o caminho ideal para chegarmos a um consenso”, pontuou o presidente da ACIARA, Márcio Parente.
Ficou acordado que a ACIARA irá requerer, via ofício, as explicações oficiais da concessionária sobre a atual situação da taxa de esgoto para posterior repasse aos empresários. A BRK Ambiental comprometeu-se a colaborar com o que for preciso.
“Em um primeiro momento, estamos à disposição para sanar todas as dúvidas dos empresários e colocamos nossa equipe também à disposição para resolver os problemas mais imediatos. E conforme ficou acordado, após a solicitação formal, vamos levar as informações jurídicas a conhecimento de todos”, garantiu Ilana.
Lodir Stefanuto, empresário do ramo hoteleiro, foi um dos que questionou a taxa de 80% praticada pela concessionária em cima de uma previsão de consumo de seu empreendimento, uma vez que o hotel utiliza um poço artesiano regularizado.
“A luta não para aqui. Vamos dar continuidade a uma reivindicação antiga e, com a resolução do Governo do Estado para reduzir a taxa de esgoto a no máximo 50% da tarifa, acredito que vamos carecer de um envolvimento de toda a população, empresários, classe industrial para alcançarmos essa redução”, disse o empresário.