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A terceira edição da  iniciativa da ACIARA Jovem e Centro Universitário UNITPAC atraiu estudantes do ensino médio, universitários e comunidade

Quem visitou o Feirão do Imposto em Araguaína, realizado no último dia 24, se surpreendeu com produtos sendo comercializados sem impostos. Esta foi uma das novidades da terceira edição do projeto, uma realização da ACIARA Jovem (Associação Comercial e Industrial de Araguaína) e Centro Universitário Unitpac, na sede da instituição de ensino.

Entre os produtos vendidos sem tributos estavam as lingeries femininas. Emerson Ferreira, expositor e proprietário da confecção, fez questão de lembrar que o preço da mercadoria oferecida ao consumidor não é criado apenas pelo empresário.

“O produto sem imposto seria a realização de um sonho, porque, no nosso ramo, mais da metade do preço é imposto. Aproveitamos essa oportunidade do Feirão para mostrar isso aos consumidores”.

Um conjunto de lingerie normalmente vendido por R$ 75,00 foi oferecido aos visitantes por R$ 25,00.

Preços inacreditáveis

Outra iniciativa inédita neste ano foi a exibição online do Impostômetro, que mostra, em tempo real, a média de arrecadação de impostos e tributos no Brasil.

No espaço de exposição dos produtos, os visitantes conferiram de perto que uma motocicleta de 160 cilindradas, à venda por R$ 11.380, na realidade custaria R$ 7.909,00 sem os 42,96% de imposto incidente.

Já o gás de cozinha, de R$ 85,00, possui 21,45% de imposto. O preço sem ele seria de R$ 64,68.

“Nosso objetivo foi justamente isso, gerar a reflexão, o questionamento, a relação custo-benefício entre pagar impostos e receber os retornos do poder público”, pontuou Etienne Acácio, diretora da ACIARA Jovem.

E a impressão da estudante do ensino médio, Isadora Silva, de 16 anos, sobre a incidência dos impostos nos produtos, resumiu o sentimento geral dos contribuintes brasileiros.

“Tenho a impressão que estamos sendo lesados. Pagamos muito e recebemos pouco”, frisou.

Paga-se muito, pouco é recebido

 A empresária Mariana Barreto, do segmento de utilidades, afirmou que os poderes públicos não oferecem cenários favoráveis para as empresas.

“Pretendemos mostrar junto ao consumidor que nós, empresários, não temos muitos incentivos e acabamos sofrendo isso com o cliente. A falta desse incentivo acaba impossibilitando que possamos praticar um preço mais atrativo”, disse Mariana.

Juliana Piva, professora do curso de Ciências Contábeis e uma das organizadoras do Feirão, lembrou que a conscientização é a melhor forma de mudar esse panorama.

“Queremos fazer com que as pessoas entendam que o Brasil tem uma alta carga tributária e precisamos descobrir para onde esse dinheiro está indo. Só conhecendo o preço e o impacto da carga sobre o preço para podermos ter uma população que pode discutir isso”, disse.

 

 

 

 

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