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A quinta edição da campanha “Praia Limpa, Praia Viva”, promovida pela Associação Comercial e Industrial de Araguaína – ACIARA em parceria com prefeituras, órgãos públicos ambientais e ONGs, chegou ao fim agora em setembro, depois de quase três meses de ações educativas junto aos banhistas, ribeirinhos e comerciantes locais.

Após todos os acampamentos terem sido desmontados, principalmente nas praias do Escapole e de Araguanã, um grupo de voluntários da ACIARA, da associação dos barqueiros local e da ONG Protetores do Araguaia, com apoio dos patrocinadores da campanha, realizou um mutirão de limpeza e o que se viu foi decepcionante. “Infelizmente, a consciência ambiental de alguns banhistas está aquém do que a gente gostaria”, disse a diretora da ACIARA, Juliane Carneiro, que atuou diretamente na recolha do lixo junto ao diretor William Rezende.

A ACIARA centrou esforços nas praias de Araguanã uma vez que a praia do Garimpinho ficou sob a responsabilidade da Prefeitura de Araguaína e a de Babaçulândia está localizada dentro da cidade, o que facilitou a fiscalização e atuação do poder público local.

Imagem desoladora

Os acampamentos deixaram inúmeros rastros de resíduos como garrafas de plástico e vidro, papel, ferros, madeira e palhas usadas na estrutura dos bangalôs, entre outros. “Achamos até vasos sanitários e uma geladeira, abandonada no local sem o motor”, atentou Juliane.

Outra situação bastante preocupante foram os tambores de ferro e plástico usados como fossa e que foram enterrados na areia. “Encontramos ao menos sete durante o arrastão. Houve uma situação, inclusive, em que nem a própria estrutura do banheiro foi desmontada. Estava lá, simplesmente abandonada”, afirmou o diretor William.

Falta de vergonha

Para Tiago Pereira da Silva, responsável pela ONG Protetores do Araguaia, a falta de conscientização, mesmo com toda a mobilização de entidades e poderes públicos, ainda é principal problema. “É muito necessário que haja penalidades para este tipo de conduta. Gostaria que este pessoal que sujou as praias viesse aqui por esses dias para ver como está a situação”.

A Juliane atenta para outra situação revoltante. “Quando estas famílias voltarem no ano que vem, eles vão querer uma praia limpa e com água boa, mas são eles mesmos que degradam o meio ambiente”.

Riscos

O lixo deixado no local, além de poluir o rio, revela-se um perigo para os peixes e demais animais da fauna, uma vez que os resíduos podem ser engolidos. Por isso a ACIARA solicitou que a ONG mantenha o trabalho de limpeza das praias até o início do período chuvoso. “A quantidade de lixo encontrada foi tão impactante, que estamos programando uma nova etapa de limpeza, as pessoas estão sensibilizadas e solicitando mais uma ação”, ressaltou a diretora da ACIARA.

 O projeto

O “Praia Limpa, Praia Viva” é uma iniciativa de ACIARA junto a parceiros e patrocinadores e que utiliza a ferramenta da educação como meio de conscientização ambiental. Neste ano, voluntários realizaram blitzes nas saídas de Araguaína e na entrada das cidades balneárias distribuindo sacos de lixo e panfletos informativos.

O projeto contou com o apoio e parceria do Sebrae, Frigorífico Minerva, supermercados Campelo e Baratão, Grupo J Demito, Durax, prefeituras de Araguaína, Araguanã, Xambioá e Babaçulândia, Polícia Militar, Polícia Ambiental, Ibama, Naturatins, Corpo de Bombeiros e ONG Naturativa.

 

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