A Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) realizou uma pesquisa que revela a dificuldade de empresários tocantinenses terem acesso aos recursos anunciados pelo governo federal, através de linhas de crédito para enfrentamento da crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Do total das indústrias pesquisadas, 31% precisaram de crédito, 24% conseguiram obter, mas somente 14% do volume de suas necessidades, o que mostra que que quatro em cada cinco empresas apontaram prejuízos com reflexos diretos em toda a economia local. Dificuldades no negócio (76%), inadimplência junto a fornecedores (16%), inadimplência junto aos colaboradores (5%) e atraso de pagamento de tributos (3%) foram os maiores impactos causados pela não obtenção do montante de recursos solicitados.
A dificuldades de cadastro (72%), burocracia excessiva (43%), deficiência do instrumento de solicitação de crédito (projeto) oferecido ao banco (20%), exigências de garantias fidejussórias (17%), atendimento deficiente (10%), outro (4%) e imposição de compras de produtos não desejados (2%) são os principais problemas enfrentados pelas empresas na obtenção do financiamento bancário, conforme a pesquisa.
De acordo com a pesquisa, quase metade dos industriais (44%) afirmaram não conhecer ou não ter interesse em nenhuma das linhas de crédito disponibilizadas pelo governo federal. Na avaliação da Fieto, os empresários não têm informação suficiente sobre as linhas de crédito emergencial disponíveis.
A pesquisa foi realizada de 1º a 13 de julho, via WhatsApp e e-mail, junto a 86 empresas, de todos os portes, dos segmentos da construção civil e indústria da transformação, e está disponível no site www.fieto.com.br.
(Com informações da Fieto)