O projeto de lei para aumentar o teto de faturamento para a categoria de Microempreendedor Individual (MEI) no Brasil está avançando. A proposta do Governo Federal visa aumentar o limite de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil, com provável início de vigência a partir do próximo ano. Segundo estimativa da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a mudança resulta em um aumento de até 20% no número de MEIs no país.
Para Gustavo Oliveira, coordenador do curso de Administração de Empresas da Faculdade Santa Marcelina, as mudanças citadas não visam apenas a melhoria das empresas, mas da economia de forma geral. Primeiro pela recuperação da atualização do valor e o impulsionamento das atividades no mercado. “A estimativa é que haja redução de burocracia e ajuste da carga tributária, facilitando a maturidade dos negócios e longevidade na preservação das MEI´s”, explica.
Quais as principais mudanças na regra do MEI?
A primeira refere-se as regras de faturamento. Um MEI pode faturar até R$ 81 mil anualmente, mas o Projeto de Lei (PLP 108/2021), aprovado no Senado em 2021, e que ainda aguarda aprovação na Câmara dos Deputados e Sanção Presidencial, prevê a atualização desse valor para R$ 144 mil. E neste aspecto, o referido projeto pretende também aumentar a quantidade de funcionários que um microempreendedor pode ter contratado, subindo de 1 para 2.
A segunda mudança trata do aumento no valor da DAS, que é uma guia de pagamento que contém todos os impostos que devem ser pagos por empreendedores que se enquadram no Simples Nacional. Esse valor corresponde a 5% do salário mínimo mais o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o (ISS Imposto Sobre Serviços). Como em 2023 houve aumento do valor do salário mínimo para R$ 1.302, o valor da DAS também será alterado. A partir de 2023, passa a ser de R$ 66.
A terceira mudança trata do nome empresarial que por padrão, é composto pelo nome completo e o CPF. A partir deste ano, o CPF será substituído pelo CNPJ da empresa. De acordo com o Governo, essa mudança ocorreu para atender a Lei Geral de proteção de Dados (LGPD).
A quarta mudança já era uma reivindicação antiga, quando se trata da emissão de Nota Fiscal de Serviços (NFS-e) ficará ainda mais simples. Isso ocorreu para simplificar e padronizar todo esse processo, emitido por meio do portal do simples nacional ou através de aplicativo.
A quinta mudança vem na esteira da Lei Complementar n°188, sancionada em 2022, criou o MEI Caminhoneiro, destinado a quem atua como Transportador Autônomo de Carga, de forma que o faturamento anual desses Microempreendedores pode chegar até R$ 251,60 mil por ano. Já em relação à DAS, o MEI Caminhoneiro vai pagar 12% do salário mínimo, ou seja, R$ 158,40.
Por fim, a sexta mudança estabelece um novo canal de comunicação com a Receita Federal, sendo oficial o DTE (Domicílio Tributário Eletrônico – DTE), que está em fase de implementação e aperfeiçoamento junto aos aplicativos.
Fonte:
XCOM Agência de Comunicação Faculdade Santa Marcelina