Representantes do Nacional e do Sebrae nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte participaram de uma visita técnica aos Estados Unidos na semana de 17 a 21 de outubro. Liderada pelo diretor-técnico do Sebrae, Bruno Quick, a missão teve como pano de fundo o Small Business Development Center (SBDC) de San Antonio, Texas e o memorando de entendimento firmado entre o Sebrae e a Organização dos Estados Americanos (OEA), que prevê a transferência da metodologia americana de atendimento, que foca na geração de impacto econômico por meio do apoio a pequenos negócios.
Nos primeiros dois dias de viagem, a delegação brasileira esteve em San Antonio, Texas, onde conheceram de perto o funcionamento da rede de SBDCs do Sudoeste do Texas, que é a instituição que está realizando o repasse de metodologia para o Sebrae. No período, foi possível verificar como funciona o sistema, que metas utilizam, como ajudam o empreendedor a alcançar melhores resultados e a conseguirem financiamento, de que maneira responderam à pandemia e respondem a desastres naturais, e, por exemplo, como ajudam os pequenos empresários a conseguirem financiamento, etc. O grupo também visitou um empreendedor local, do ramo imobiliário, que conseguiu, com apoio do SBDC, crescer e se tornar uma empresa de médio porte, mesmo durante a pandemia.
Nos últimos dois dias, a equipe esteve em Washington, DC, onde foi aos Comitês de pequenos negócios e empreendedorismo no Senado e na Câmara dos Deputados norte-americana. Nos encontros, as pautas trataram do ambiente de negócios americano e como o Congresso atua para implementar melhorias neste ambiente, além das políticas públicas que financiam os programas de apoio às micro e pequenas empresas, como a rede de SBDCs.
Outra parada importante foi na Small Business Administration (SBA), instituição dos EUA que cumpre papel similar ao do Sebrae Nacional no Brasil, onde se discutiu possibilidades de parcerias em programas como o Inova Amazônia e o Sebrae Delas. A última agenda foi na OEA, que financia o projeto, quando as conversas envolveram assuntos como a resposta do SBA e do Governo Americano a desastres naturais e seus impactos nos pequenos negócios e formas de estreitar as relações do Brasil com a OEA e com o Governo dos Estados Unidos para criar uma grande rede de apoio para os pequenos negócios das Américas.
O diretor Bruno Quick destaca que a visita serviu, principalmente, para que o Sebrae consiga se aprofundar no funcionamento do sistema norte-americano de apoio aos pequenos negócios e estreitar relações com os stakeholders do projeto e desse sistema. “Estamos muito entusiasmados com a possibilidade de formar a maior rede de apoio aos pequenos negócios das Américas. Essa missão foi um primeiro passo importante em uma longa jornada de excelência. Além de aprofundarmos nosso entendimento de como o modelo SBDC funciona, abrimos portas para novas parcerias que, certamente, trarão muitos frutos para o Brasil e para os EUA”, argumentou.
O modelo SBDC
Atualmente, o Sebrae está na primeira fase do projeto, que deve durar seis meses, com a introdução ao modelo SBDC e comprometimento dos estados – Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte – e partes interessadas na criação da rede SBDC no Brasil. Na segunda fase, que dura entre 6 e 12 meses, será feita, efetivamente, a transferência de metodologia e o preparo para o lançamento dos projetos-piloto. Na sequência, os pilotos terão início nos três estados e com a consequente expansão para todo o Sistema Sebrae.